Estive em um encontro e jantar especial, preparado pela Chef Anayde do Restaunte Julia Gastronomia (Rua Araçari, 200 – Itaim Bibi – 3071-1377 – (http://www.juliagastronomia.com.br/) no dia 14/10/09. O encontro teve apoio do Convivium Slow Food São Paulo para divulgação da Fortaleza Arroz Vermelho. Tivemos uma aula com o Sr. Dedé Santana da Associação dos Pequenos Produtores de Arroz Vermelho de Santana dos Garrotes –PB.
Vou contar um pouco do que foi passado:
Vou contar um pouco do que foi passado:
O arroz vermelho foi introduzido no Brasil pelos portugueses no século XVI, na então Capitania de Ilhéus, atualmente Estado da Bahia. Ali ele não chegou a prosperar, mas teve grande aceitação no Maranhão nos dois séculos seguintes. Em 1772, por determinação da Coroa de Portugal, que só tinha interesse na produção do arroz branco, para suprir a metrópole, os agricultores foram proibidos de plantar arroz vermelho no Maranhão, com isso, a produção migrou para a região Semi-Árida, onde ainda é encontrado, principalmente no Estado do Paraíba.
Na Paraíba, o arroz vermelho constitui um dos principais ingredientes da culinária regional, sendo, portanto, considerado um alimento especial nas casas das famílias e restaurantes do interior.
Na Paraíba, o Estado maior produtor de arroz vermelho do Brasil e onde ele ainda é conhecido também como arroz-da-terra e arroz de Veneza, o arroz vermelho tem especial destaque no Vale do Rio Piancó, uma bacia hidrográfica de solos naturalmente muito férteis, cujo isolamento geográfico e a completa inexistência de tecnologias para esse cereal não permitiram até hoje a introdução de qualquer outro arroz. Com uma área anualmente plantada em torno de 5 mil hectares, o Vale do Piancó pode ser considerado um produto ecologicamente limpo, pois nunca recebeu qualquer tratamento com agrotóxicos.
As Fortalezas são projetos do Slow Food, criadas para apoiar os pequenos produtores e para salvaguardar os produtos artesanais de qualidade. O objetivo das Fortalezas é garantir o futuro das comunidades locais, organizando os produtores, procurando novos canais de comercialização, promovendo e valorizando sabores e territórios. (Promovendo a agricultura sustentável, respeitando o meio ambiente das tradições e das identidades culturais dos povos).
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