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Envelhecimento ativo e bairro amigo do idoso


Participei no dia 04 de agosto na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP de um Seminário sobre envelhecimento Ativo e Iniciativas amigas da pessoa idosa.houve também o lançamento do Projeto “Bairro amigo do Idoso”, com Lei do Municipio de São Paulo, n. 14.905 de 06/02/09.
Com o auditório lotado mais de 350 pessoas , o palestrante roubava a cena era o Prof. Dr. Alexandre Kalache,brasileiro médico e pesquisador em Saúde Publica , estuda o envelhecimento há mais de 30 anos. Coordenou por mais de uma década o Programa de Envelhecimento Global da Organização Mundial da Saúde – OMG.Vive atualmente nos Estados Unidos e trabalha como assessor para o envelhecimento global da presidência da Academia de Medicina de Nova York.

A palestra do Dr. Kalache foi excelente, ele deu uma visão global da questão do envelhecimento e o que ele colocou foi bem claro: o Brasil precisa pensar um modelo de envelhecimento que contemple a todas as classes sociais. Disse que de forma geral o envelhecimento ativo, com qualidade de vida, só atinge a classe média e a elite. Falou muito na exclusão, comparou a mãe dele, uma senhora de 90 anos, que tem apenas 1 doença crônica, uma excelente vida e todos os cuidados, com a babá que cuidou dele quando criança: uma mulher de 80 anos com 9 doenças crônicas, todas mal controladas e ninguém pra cuidar dela. Falou que isso é uma injustiça enorme e que o Brasil precisa corrigir isso urgentemente. Dr. Kalache falou também sobre intergeracionalidade, para ele, os jovens precis am aprender a conviver com os idosos e vice-versa. Disse que a cultura do envelhecimento tem de passar necessariamente pela cultura da solidariedade e que precisamos aprender a valorizar nosso capital social.Para o lançamento da cidade amiga do idoso falou como tornar nossa cidade realmente amiga do idoso: calçadas adequadas, motoristas de ônibus que respeitam os passageiros mais velhos, porteiros de prédios treinados para serem amigos dos idosos etc. Tudo isso exige treinamento. Também falou muito sobre a difusão de informações de saúde, por exemplo, como forma de esclarecer mais as pessoas sobre os aspectos que podem dar mais qualidade de vida ao envelhecimento. Tocou muito na questão das políticas públicas e do treinamento e da educação em todos os níveis. Uma coisa interessante: disse que uma cidade amiga do idoso é uma cidade amiga de todos, pois haverá facilidades que contribuirão para a vida de to dos ficar melhor. Falou ainda que quando a gente fala em envelhecimento saudável não é só estilo de vida que importa. Claro que exercícios físicos e boa alimentação contam e muito, mas o que ele disse que é preciso difundir a auto-estima dos idosos e o otimismo. Para ele, os três pilares para as políticas de envelhecimento ativo se concretizar têm de passar pela saúde, participação e segurança do idoso. É preciso contemplar todos esses aspectos. Enfim, ele deu muitos dados interessantes e falou muito sobre a desigualdade que há no mundo entre os idosos da elite e os menos favorecidos.

Foi uma palestra de se aplaudir de pé, apresentada com uma linguagem simples e carismática.Na ocasião foi lançado o Boletim Instituto de Saúde, o BIS – Envelhecimento & Saúde, que traz informações e artigos interessantes sobre envelhecimento, recomendo quem gosta do assunto pesquisar na internet.

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